Hopi Hari admite possibilidade de "erro crasso" e fecha parque para perícia
Brinquedo fatal
De acordo com o promotor, a menina levantou sozinha a trava do assento interditado --que não contava com nenhum aviso-- e entrou em “uma verdadeira arma”. “Hoje praticamente trabalhamos com a certeza de que, no momento da frenagem ou talvez um pouco antes, por falta de força de ficar se segurando, ela efetivamente caiu, pendendo o corpo para frente. Essa menina entrou em uma verdadeira arma, em um brinquedo que era fatal”, disse Cunha.
A promotora Ana Beatriz Sampaio Silva Vieira, de direito do consumidor, que também acompanhou os depoimentos, disse que a falta de aviso é uma “falha gravíssima”. “Há uma falha gravíssima do parque na medida em que faltou com a informação. Se a cadeira era interditada, era dever do parque colocar uma fita adesiva, qualquer tipo de alerta tanto para operadores quanto para usuários, de modo que ninguém fosse capaz de sentar.”
De acordo com a promotora, no dia do acidente o próprio Hopi Hari confirmou que aquele assento não era usado há anos porque, como ficava muito próximo à base de ferro da torre, havia chances de algum usuário mais alto acabar se chocando contra a estrutura de ferro.
O promotor disse que é cedo para falar em homicídio doloso. “A investigação é de homicídio. Agora, até que ponto houve apenas culpa ou houve a conduta de assumir o risco é que será investigado. O caso é bem mais complexo do que se imaginava. Tudo vai ser apurado, nada vai ser descartado (...) Há uma diferença entre assumir o risco e acreditar que jamais ocorrerá. É uma zona nebulosa que já enfrentamos nesse momento.”
A promotora Ana Beatriz Sampaio Silva Vieira, de direito do consumidor, que também acompanhou os depoimentos, disse que a falta de aviso é uma “falha gravíssima”. “Há uma falha gravíssima do parque na medida em que faltou com a informação. Se a cadeira era interditada, era dever do parque colocar uma fita adesiva, qualquer tipo de alerta tanto para operadores quanto para usuários, de modo que ninguém fosse capaz de sentar.”
De acordo com a promotora, no dia do acidente o próprio Hopi Hari confirmou que aquele assento não era usado há anos porque, como ficava muito próximo à base de ferro da torre, havia chances de algum usuário mais alto acabar se chocando contra a estrutura de ferro.
O promotor disse que é cedo para falar em homicídio doloso. “A investigação é de homicídio. Agora, até que ponto houve apenas culpa ou houve a conduta de assumir o risco é que será investigado. O caso é bem mais complexo do que se imaginava. Tudo vai ser apurado, nada vai ser descartado (...) Há uma diferença entre assumir o risco e acreditar que jamais ocorrerá. É uma zona nebulosa que já enfrentamos nesse momento.”
Funcionários do parque
Dois funcionários do Hopi Hari que estavam trabalhando no brinquedo prestaram depoimento nesta quarta (29). De acordo com o delegado Noventa Junior, um dos funcionários disse que, momentos antes do acidente, notou que o assento interditado poderia ser aberto por algum visitante. “O depoimento deles [funcionários] é muito importante. Eles disseram que verificaram essa falha, que esse brinquedo estava na iminência de poder ser aberto. Um deles alega que comunicou o fato, mas depois de alguns minutos veio a informação de que era pra prosseguir [com a operação do brinquedo].”
Segundo o delegado, a família estava toda em uma mesma fileira do brinquedo (o pai, a mãe, a prima e Gabriela, em uma das extremidades). “O que a gente percebe é que a Gabriela forçou aquela trava, ela conseguiu fazer com aquela trava abrisse.” O delegado disse que está investigando o fato de ninguém ter notado que a garota estava em um assento que não deveria ser usado.
Fonte: uol.com.br (01/03/2012)
Nenhum comentário:
Postar um comentário